quarta-feira, outubro 19, 2016

Notícia sobre ator chamar Moro de "mau caráter" é falsa! Mas e sobre recusar o papel?


Uma nota publicada na coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, no dia 16 de outubro, seguida de uma tuitada do humorista (atual cineasta) Rafinha Bastos, bastou para que a notícia de que o ator Wagner Moura não apenas recusou interpretar Sérgio Moro no cinema, como também teria chamado o juiz da Lava Jato de "mau caráter", viralizasse na internet. A informação repercutiu nas redes sociais e nos blogs, inclusive neste. Sim, acreditei na informação. Primeiro porque já havia lido na coluna de um jornal que pertence ao mesmo grupo onde o ator em questão trabalha e, segundo, porque achei verossímil que Moura tivesse declarado tal sandice. 



Moura defende a esquerda brasileira.
Moura considera a Lava Jato parte de um "golpe" contra o PT.
Moura, segundo Jardim, havia recusado o papel.
Ora, daí a acreditar que Moura acha Moro um "mau caráter" não estaria longe. Concordam? No entanto o contexto onde foi colocada a suposta opinião é que realmente ficou muito fora de contexto. Como assim "não interpretaria um mau caráter" sendo que acabou de fazer sucesso como Pablo Escobar? Isto não batia, mas o que esperar de alguém que acha que o socialismo bolivariano faz bem ao Brasil?
Diante de tamanha repercussão, Wagner Moura se pronunciou, afirmando que nem sequer havia sido convidado a fazer o papel. Declaração esta confirmada pelo diretor da série sobre a Lava Jato, José Padilha.
Acredito mesmo que a frase não tenha sido dita pelo artista, mas, sinceramente, continuo em dúvida sobre ele não ter recusado mesmo o papel. E, neste caso, até entenderia: primeiro, por suas posições políticas e, segundo, por estar na lista de beneficiados irregularmente com a Lei Rouanet. O caso está rendendo uma CPI e é investigada pela Polícia Federal na "Operação Boca Livre", cujo juiz responsável é nada menos que Sérgio Moro.
Sendo assim, fica o dito pelo não dito (ou o convite pelo "desconvite").
A decepção com o ator permanece, mas por motivos outros que não o profissional. Menos mal.


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